quarta-feira, 17 de agosto de 2011

NÃO ME FAÇAM CÁ ZANGAR.



Não me façam cá zangar

Não me façam cá zangar
Não me façam cá zangar
Não me façam cá zangar
                l
Andem como deve ser
Não pratiquem diabruras
Não me façam travessuras
Que isso não posso vêr
O que lhe estou a dizer
Deviam nisto pensar
Deixem-se andar de vagar
Sossegadinhos no rêgo
Andem assim com sossêgo
Não me façam cá zangar
               ll
Eu tenho presenciado
Que os mais doidos são vocês
Ainda lhes digo outra vez
Deixem-se andar sossegados
Não me sejam alvoriados
Que não os quero castigar
Porque quando os vou tocar
É sempre assim de mansinho
Deixem-se andar devagarinho
Não me façam cá zangar
             lll
Olhem para os seus camaradas
Nem uma volta que negam
Vocês vejam se sossegam
Deixem lá as cavalgadas
Evitem essas maçadas
Senão passo os mal tratar
Até lhes posso picar
Com o bico que a vara tem
Devagarinho andam bem
Não me façam cá zangar
           lV
Reparem tomem sentido
Tudo o que lhes estou dizendo
Aquilo que andam fazendo
E atendam a meu pedido
Não sejam como tem sido
Que não têem querido voltar
Não me andem a maçar
Ó bois sem ser preciso
Vejam se tomam juizo
Não me façam cá zangar

António Canilhas !!! Figueira de Cavaleiros




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