sábado, 21 de fevereiro de 2009

AS ALCUNHAS COMO ELAS SÃO


















AS ALCUNHAS COMO ELAS SÃO NO ALENTEJO:

-Há uns tempos atrás fizeram questão de me mostrar uma folha, muito dobradinha, a rasgar-se já pelos vincos de tanto andar na carteira.
-Abri cuidadosamente e vi logo que era coisa antiga, mas batida à máquina.
-Com alguma insistência lá consegui recorrer à fotocopiadora mais próxima e consegui salvar da prosa numa cópia.
-Quero que conheçam a obra.
-Não sei quem é o autor.
-Investiguei, mas ninguém me conseguiu dizer quem deu à luz a pérola, porque gostava de o dizer aqui, se ele me autorizasse a publicação.
-Como desconheço, cá vai na mesma, porque vocês têm que saber o que são alcunhas a sério no Alentejo.
-As pessoas de que fala o texto existiram todas e muitas ainda estão vivas.
E eu sou uma dessa pessoas, por isso vejam só !!!!
-A história é esta, e cá vai , assim mesmo.
-Cá vai, tal como está no papel:
-Há anos atrás…
-O João Núncio, de Alcácer do Sal, tinha ao seu serviço um ferrador, em que depositava toda a confiança, para ferrar o seus cavalos, com que toureava.
-Um dia esse ferrador adoeceu e, como havia um cavalo que tinha de ser ferrado urgentemente, -O Núncio disse a um criado:
-Vais a Grândola com o cavalo e pergunta onde é a oficina do Pato, para que ele ferre este cavalo.
-criado veio a Grândola com o cavalo, descarregou-o na saibreira, à entrada da vila, e, vendo um velhote a apanhar papéis, a ele se dirigiu:
-Bom dia, amigo.
-Bom dia disse o velhote , eu sou o velho Cuco.
-Pois, amigo Cuco, é capaz de me dizer onde é a oficina do Pato, o ferrador?
-Olhe disse o Cuco , vai sempre em frente e, ali à direita, vê logo os jeitos da oficina.
-Não tem nada que enganar…
-O homem lá seguiu com o cavalo pela rédea e logo deu com a oficina. À porta estava um homem, ao qual se dirigiu:
-Bom dia.
-É o senhor Pato?
-Não; respondeu o outro , eu sou o Pinto.
-Então o senhor Pato?
-Perguntou o criado do Núncio.
-Olhe , disse o Pinto , esteve aqui o Engenheiro Pardal também a perguntar por ele e ficaram de se encontrar à do Pintassilgo, acho que por causa de uma mula lá da Escola do Cruz.
-Então, o criado do Núncio, deixou o cavalo na oficina do Pato e lá foi ao Pintassilgo perguntar pelo Pato, onde lhe disseram:
-Pois, o Pato esteve aqui com o engenheiro Pardal, mas acho que foi à do Galinha por causa de umas botas que tinha lá a arranjar…
-Perguntou onde era o Galinha e lá foi!!
-O Galinha então disse-lhe:
-Olhe o Pato esteve aqui, sim senhor, até levou umas botas que estavam arranjadas, mas disse que ia à do Gavião ver se já lhe tinham cortado umas tábuas…
-O criado depois de ficar a saber onde era o Gavião, lá foi perguntar pelo Pato:
-Não esteve aqui o Pato?
-Esteve, esteve disseram-lhe. Mas saiu há pouco com o Pombo.
-Talvez o velho Ganso, que vai ali, lhe saiba dizer para onde foram, vi-os sair daqui.
-Então, dirigiu-se ao velho Ganso, que lhe disse:
-Vi o Pato sim senhor!
-Olhe, foi além em direcção da casa do Corvo.
-É melhor perguntar lá.
-Lá foi então, à casa do Corvo, onde lhe disseram:
-Esteve aqui sim senhor!! Mas foi para cima com o Franganito.
-Olhe, vai além o Zé Rola, talvez ele tivesse visto para onde foram…
-Perguntou ao Rola:Viu o Pato?
-Vi, pois, até estive a falar com ele.Parece que ia almoçar à da Pombinha.
-Vá lá, que talvez o encontre.
-Foi então à tasca da Pombinha, onde lhe disseram:
-Esteve aqui, mas lembrou-se que tinha que ir à Câmara falar com o Gaio, para que mandasse lá a casa o Águia mais o Picanço para darem um jeito, por causa das andorinhas que lhe estragavam a casa toda.
-Então o homem desorientou-se e saiu barafustando pela rua.
-Vendo aquilo, disse-lhe uma velhota:
-Que é isso homem??
-Bolas, aqui em Grândola é só passarada??!!
- Pois olhe…disse-lhe a mulher .
-Eu sou a velha Cegonha!!!!
-Um forte aperto de ossos.

-AUTOR DESCONHECIDO:

NOVA LINGUAGEM (PORTUGUÊS ? )

A NOVA LÍNGUA PORTUGUESA
Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos "afro-americanos", com vista a acabar com as raças por via gramatical - isto tem sido um fartote pegado!
As criadas dos anos 70 passaram a "empregadas domésticas" e preparam-se agora para receber menção de "auxiliares de apoio doméstico" De igual modo, extinguiram-se nas escolas os "contínuos "passaram todos a "auxiliares da acção educativa".Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por "delegados de informação médica".
E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em "técnicos de vendas".
O aborto eufemizou-se em "interrupção voluntária da gravidez";
Os gangs étnicos são "grupos de jovens" Os operários fizeram-se de repente "colaboradores";
As fábricas, essas, vistas de dentro são "unidades produtivas"e vistas da estranja são "centros de decisão nacionais".
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à "iliteracia" galopante.
Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes "Conforto" e "Turística".
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante.
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um "comportamento disfuncional hiperactivo" Do mesmo modo, e para felicidade dos "encarregados de educação" , os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, "crianças de desenvolvimento instável". Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado "invisual". (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...)
As putas passaram a ser "senhoras de alterne".
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticas fracturantes" e outros barbarismos da linguagem.

E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a correcção política» e o novo-riquismo linguístico. Estamos lixados com este "novo português"; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma "politicamente correcta".

E na linha do modernismo linguístico, como se chama uma mulher que tenta destruir a educação em Portugal? Ministra !
Vitor Ribeiro

QUE ANDAMOS CÁ A FAZER

O António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China). Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss). Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas. Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes. Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

A RARIDADE DOS NOMES

Os nomes que se seguem são reais, por mais incrível que possa parecer.
-São passíveis de serem encontrados na base de dados de um banco português.
(balcão do Banco Espírito Santo) em Luanda:

- Liberdade de Jesus Narigueta Perna Torta Banha
- Cidália Calçada Descalça .
- Norlinda Rapa Buraco .
- Maria Ténia Viu Vultus.
- Etelvina Vaca Cabeça.
- Joaquim Cuecas.
- Luis Fortes Lopes Carago.
- Maria Teresa Rabo Bacalhau Molho.
- António Agostinho Chouriço Junior.
- Maria Bem Grosso.
- Joaquim Bagina.
- Paulo Puns Dá.
- Maria Trombasia.
- Ignácio Bufa Bucelato.
- Maria Salva Um de Cada Vez.
- José de Sousa Rabito Magro.
- Maria Augusta Rata Seca.
-E a vencedora é:
- Maria Salva Um de Cada Vez

RELATÓRIO INOCENTE ( DE UMA MENINA DE 8 ANOS)

Relatório da Fernandinha (8 anos de idade) Fernandinha.
-Depois de ter recebido da sua mãe a espinhosa missão de vigiar escondida sua irmã Suzana (17 anos), que teve permissão de sua severa mãe de poder namorar no sofá da sala, faz seu ingênuo e detalhado relatório de tudo que viu, ouviu e sentiu:
-Para Mamãe:
- Mãe, a Suzana e o namorado apagaram a maior parte das luzes e sentaram-se no sofá. Ele chegou perto dela e começou abraçá-la.
-A Suzana deve ter começado a ficar doente, porque seu rosto começou a ficar vermelho.
-O namorado dela deve ter percebido que ela começava a passar mal, porque ele colocou a mão dentro da blusa dela, acho que para sentir seu coração.
-Só que ele demorou muito pra encontra-lo!!!
-Aí, foi ele quem começou a ficar doente, porque os dois começaram a ficar ofegantes, com pouca respiração.
-Acho que a mão dele estava fria, porque ele a colocou por dentro da saia da Suzana, que deitou no sofá dizendo que estava muito quente.
-Depois de algum tempo consegui ver o que estava deixando os dois doentes.
-Uma enguia enorme tinha saltado do bolso da calça dele, era muito grande, devia ter uns 20cm ou mais de comprimento.
-Foi então que Suzana agarrou a enguia com as duas mãos, acho que para evitar que ela fugisse, e disse que era a maior que já tinha visto.
-De repente a Suzana deve ter ficado maluca, porque ela tentou comer a enguia.
-Colocou-a inteirinha na boca e ficou tentando engolir.
-Acho que enguia é uma coisa muito dura e ruim de comer, principalmente viva, porque depois de um tempão a enguia vomitou e saiu da boca da Suzana ainda inteirinha!!!
-O namorado da Suzana então, enfiou a enguia num saco plástico, tentando sufocá-la, daí a Suzana tentou ajuda-lo e deitou prendendo a enguia entre as pernas, enquanto o namorado deitava em cima dela, eles ficaram tentando esmagar a enguia entre eles.
-Mãe, eu confesso que fiquei assustada porque a Suzana gritava tanto e contorcia-se toda.
-Depois de muito tempo os dois soltaram um suspiro de alivio.
-Acho que conseguiram matar a enguia, porque eu a vi pendurada abaixo da barriga do namorado da Suzana.
-Suzana e o namorado sentaram no sofá e começaram a se beijar e, quero que um raio caia na minha cabeça, se a enguia morta não ressuscitou e eles começaram a batalha novamente.
-Acho que o namorado estava cansado, pois a Suzana que tentou esmagar a enguia sentando em cima dela.
-Imagino que a Suzana é muito fraquinha, porque depois de algum tempo o namorado pediu pra ela deitar de bruços e voltou a tentar esmagar a enguia, mas dessa vez com muita força.
-Fiquei preocupada, porque a Suzana gritava muito porem, a vontade de matar a enguia era tanta que ela gritava: 'vai, vai, não para, não para' Depois de uns 40 minutos enfim o alivio:
-A enguia morreu!!!
-O namorado da Suzana disse que tava todo esfolado e jogou a pele da enguia pela janela.
-Mãe, eu estava pensando, acho que as enguias são como gatos, tem sete vidas ou mais...

COISAS COMPLICADAS

Texto com palavras começando só com a letra P .436 ao todo, sendo 240 não repetidas!!!
APENAS A LÍNGUA PORTUGUESA NOS PERMITE ESCREVER ISSO.
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor, português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque padre Paulo pediu para pintar panelas, porém, posteriormente, pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal, para pedir permissão para papai Procópio, para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirinéus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se, principalmente pelo pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando, provavelmente, pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo, Pedro Paulo, precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente, pensava Pedro Paulo. Preciso partir para Portugal, porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo. Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para papai Procópio, para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, papai Procópio, puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

VISITA AO MUSEU DO AZULEJO

EIS ALGUMAS DAS FOTOS DOS PAINÉIS DE AZULEJOS EXPOSTOS NO MUSEU:













Por iniciativa da Universidade Sénior de Grândola e em conjunto com o programa VIVER SOLIDÁRIO,Realizou-se ontem 2009-02-01 mais um passeio convívio, com saída de Grândola pelas 08 horas com destino a Lisboa para uma visita ao Museu do Azulejo e ao Oceanário onde participaram 80 idosos deste Concelho, tendo visitado ainda Centro comercial Vasco da Gama de onde se seguiu depois para a Herdade da Barroca D'alva perto de Alcochete onde se assistiu á realização do programa (AS MELHORES CANÇÕES DE SEMPRE) realizado pela R T P de onde saímos pelas 23:45 com destino a Grândola.
Resta acrescentar que todo o programa decorreu em excelente convívio e boa disposição tanto por parte das responsáveis dos programas como de todos os elementos que nele participaram.
Espero que vão continuar estes convívios para que os idosos deste Concelhos se possam distrair e sair deste marasmo a que estamos votados depois de uma intensa vida de trabalho porque passamos.
AGRADECIMENTOS AO MUNICÍPIO POR NOS PROPORCIONAR ESTAS SAÍDAS:
M. Franganito 2009-02-02.