domingo, 13 de julho de 2008

SÓ PARA QUEM TEM UM AMIGO POLITICO:

CUNHAS….A REALIDADE MEUS CAROS:
>Empresário: Bom dia Sr. Eng., há quanto tempo??!!!
>Ministro: Olha, olha, está tudo bem?!
>Empresário: Eh pá, mais ou menos, tenho o meu filho desempregado tu é que eras homem para me desenrascar o miúdo.
>Ministro: E que habilitações ele tem?!
>Empresário: Tem o 12.º completo.
>Ministro: O que ele sabe fazer?!
>Empresário: Nada, sabe ir para a Discoteca e deitar-se às tantas da manhã!
>Ministro: Posso arranjar-lhe um lugar como Assessor, fica a ganhar cerca de 4000, agrada-te?!
>Empresário: Isso é muito dinheiro, com a cabeça que ele tem era uma desgraça não arranjas algo com um ordenado mais baixo?!
>Ministro: Sim, um lugar de Secretario já se ganha 3000
>Empresário: Ainda é muito dinheiro, não tens nada volta dos 600/700???
>Ministro: Eh pá, isso não, para esse ordenado tem de ser Licenciado, falar Inglês e dominar Informática

quinta-feira, 3 de julho de 2008

UM POUCO DA HISTÓRIA DE GRÂNDOLA:

UM POUCO DA HISTÓRIA DA TERRA ONDE TENHO VIVIDO A MAIOR PARTE DA MINHA VIDA
-Armas - Escudo de prata um javali passante de negro dentado do metal do campo e acompanhado por dois carvalhos de verde.
-Em chefe, uma cruz da Ordem de Santiago, de vermelho, carregada no cruzamento por um pelicano de ouro, ferido de vermelho, alimentando três filhos no ninho, tudo de ouro realçado de negro, acompanhado por duas torres de negro, abertas e iluminadas do campo.
-Em contra-chefe; uma faixa ondada de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres : " VILA DE GRÂNDOLA ", de negro.-O BRASÃO DE GRÂNDOLA


-O ESTANDARTE DE GRÂNDOLA



-MURAL AO 25 DE ABRIL, ENTRADA NORTE DE GRÂNDOLA:

PRAÇA DA REPUBLICA E ROTUNDA COM FONTE.
-IGREJA MATRIZ DE GRÂNDOLA

Localização: Praça Marquês de Pombal
Propriedade: Diocese de Beja
Protecção: Estudo
Enquadramento: urbano em planície, isolada com adro e passeio a toda a volta, em largo desafogado.
Descrição: Planta longitudinal, orientada, composta por nave única, transepto saliente, cabeceira rectangular;
sacristia, gabinetes de atendimento, átrio de acesso ao 1º andar e átrio comunicando com um salão a norte; espaço quase simétrico ao da sacristia a sul e torre sineira quadrada, adossada à nave, a sudoeste.
Coincidência interior/exterior; volumes articulados dispostos na horizontal.
Coberturas diferenciadas em telhados de uma água nos anexos adossados à nave, de duas águas sobre o corpo da igreja e cúpula na torre.
Fachada principal de três panos, definidos por pilastras de cantaria pintada, correspondentes aos corpos da nave, da torre sineira e dos anexos; pano central rasgado por portal, sobre lance de escadas com quatro degraus e patim, e superiormente por janelão; ambos os vãos são em arco abatido, moldurados por cantaria e decorados com fecho; remate em empena moldurada com cornija saliente, adornada por volutas e ladeada por pináculos; torre sineira de três registos sendo o médio rasgado nas quatros faces por sineiras em arco de volta perfeita; inferiormente relógio circular na face oeste; cúpula com grande urna de coroamento e quatro urnas idênticas em cada ângulo.
Fachada norte correspondente ao corpo do anexo: de pano único e dois registos definidos por uma série de janelas modernas; ao centro uma porta. Fachada este de três panos, avançado o central correspondente à capela-mor: face este cega e laterais rasgadas por janelão quadrangular; no pano lateral esquerdo pequeno óculo e no direito várias janelas e uma porta.
Interior: nave única com coro-alto, em madeira com balaustrada, iluminado por janelão rectangular; inferiormente guarda-vento de madeira pintada e duas portas a do lado da Epístola de acesso à torre sineira; ainda deste lado, pia baptismal de pedra com coluna assente em pedestal e bacia concheada, porta de vão rectangular com enxalço, comunicando com o exterior, sobreposta de janelão; do lado do Evangelho, ao centro, púlpito em pedra, de balaústres. Duas capelas laterais por banda, com acesso por arco de volta perfeita, de cantaria; forradas a azulejo com retábulos de talha dourada e pintada.
Rodapé de azulejo amarelo, azul e branco nos paramentos da nave.

Retábulos colaterais de talha dourada com as imagens de Cristo na Cruz e de Nossa Senhora com o Menino.
Cobertura de madeira, de três panos, pintada com motivos geométricos simples. Arco triunfal de volta perfeita, capela-mor rectangular com uma porta e janelão por banda, comunicando à esquerda com a sacristia; cobertura em abóbada de berço pintada com caixotões e armoriados; altar-mor com trono, de talha pintada com marmoreados e figuras alegóricas.
Utilização inicia: cultural
Época de construção: sécs. XV, XVI, XVII, XVIII e XIX
Arquitecto/construtor: Francisco Álvares (entalhador) e Inácio Gomes (carpinteiro) – séc. XVII
Tipologia: Arquitectura religiosa, barroca, neoclássica. Igreja de estilo chão, pela simplicidade e limpidez das formas, parcimónia de aberturas; interior barroco: talha de estilo nacional em altares laterais com colunas pseudo-salomónicas rematadas por arquivoltas concêntricas de meio-ponto e igual número de espirais. Retábulo-mor neoclássico.
-Características particulares: Belos exemplares de azulejos, em que se destaca o frontal do altar das almas e silhares de azulejos.
Capelas laterais com boa imaginária.
Inscrição em painel de azulejos policromos situado no canto superior direito da capela, com a dimensão de 105 cm x 105 cm, com cartela em azul e amarelo:
Aspectos Geográficos
O concelho de Grândola, do distrito de Setúbal, localiza-se no Alentejo (NUT II), no Alentejo Litoral (NUT III).-Ocupa uma área de 817,7 km2 e abrange cinco freguesias: Azinheira Barros e São Mamede do Sádão, Grândola, Melides, Santa Margarida da Serra e Carvalhal.O concelho apresentava, em 2005, um total de 14 543 habitantes.
-O natural ou habitante de Grândola denomina-se grandolense.
-O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Alcácer do Sal, a sul por Santiago do Cacém, a oeste pelo oceano Atlântico e a este por Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja.Possui um clima mediterrânico, com um período seco de cerca de 80 a 100 dias, durante o Verão, em que a temperatura média varia entre os 23 °C e os 29 °C.
-No Inverno, as temperaturas são amenas.
-Notam-se algumas diferenças climáticas entre o litoral e o interior do concelho.
-Como recursos hídricos, possui o rio Sado, a ribeira de Grândola, a ribeira de Freixieira, a lagoa de Melides e toda uma área de costa com excelentes praias.
Praias: Melides, Aberta Nova (Praia Aldeia Mineira do Lousal. Dourada), Praia da Galé, Pego, Carvalhal, Comporta, Atlântica (Tróia), Praia da Costa da Galé (junto às piscinas de Tróia), Troiamar, Bico das Lulas (Tróia).
-A sua morfologia é bastante plana, destacando-se somente as serras de Grândola, que se estende para sul numa extensão de 20 km e atinge a altitude máxima no cume da Atalaia, com 325 m, a da Penha (249 m) e a do Outeiro dos Píncaros (309 m).
O concelho de Grândola possui uma riqueza ambiental e paisagística única, onde subsistem ecossistemas de elevado valor – a Reserva Natural do Estuário do Sado, a Reserva Botânica das Dunas de Tróia e a Serra de Grândola.
Fauna e flora:

A diversidade faunística é inegável: saca- rabos, gineta, raposa, javali, gato bravo (único local), lebres, coelhos, chapins, perdizes, melros, piscos, cartaxos, rolas, pombos torcazes, pica-pau, águia cobreira, águia - de – asa - redonda, rapinas nocturnas como: mocho galego, coruja das torres, coruja do mato.
No que ao coberto vegetal diz respeito, dominam os montados de sobro, azinho ou mistos, os povoamentos mais característicos do sudoeste da Península Ibérica; abundam ainda estevas, medronheiros, rosmaninho, urzes e giestas. Associa-se-lhes uma exploração agro-silvo-pastoril.

-Estas terras ficam na Reserva Natural do Estuário do Sado, possuindo uma grande riqueza de vida animal e actividades económicas tradicionais, como pesca, actividade salineira, resinosa e corticeira.
-Esta reserva natural abrange uma grande área de zona húmida que inclui o rio, zonas de lodo e sapais.
A Serra de Grândola, Altitude: 325 metros.
Localização: percorre, no sentido norte-sul os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola (donde colheu o nome) e Santiago do Cacém, situando-se ao norte da serra do Cercal.
A serra de Grândola é uma área notável, pelo seu valor ecológico e paisagístico e pela forma tradicional como os seus recursos naturais têm vindo a ser explorados.
Numa época em que na Europa já não existem áreas naturais virgens, o conceito de região de interesse ecológico está intimamente ligado à relação sustentada que ao longo dos séculos as populações locais conseguiram manter com os recursos naturais existentes. Neste contexto, a interpretação da natureza é sobretudo a análise da acção humana sobre o meio envolvente, que modificou irremediavelmente o habitat, mas que em alguns casos permitiu um reequilíbrio natural.
Estes ecossistemas, resultado da adaptação da natureza à acção humana, revestem-se hoje de grande interesse ecológico e antropológico e a sua correcta interpretação permitem a criação de actividades de educação ambiental e ecoturismo.
A serra de Grândola e a lagoa de Santo André inscrevem-se claramente neste tipo de ecossistemas.

- A realização de percursos pedestres é uma forma de mostrar o valor ambiental destes ecossistemas do Alentejo Litoral.
-A serra e a lagoa, o montado e o sapal, a fauna e a flora, o homem e os recursos naturais: temas para vir ver e viver ao vivo.
Surge como uma ilha de relevo por contraste com a planície envolvente, que, devido à proximidade do mar, cria condições ecológicas específicas.
O seu clima de influência atlântica é mais moderado do que o do Alentejo Central, para o qual a serra constitui uma barreira à passagem das massas de ar carregadas de humidade que vêm do mar. Devido às diferenças de temperatura e precipitação, a vegetação da serra de Grândola apresenta características próprias.
Toda a serra está coberta de sobreiros, que há muito representam a principal fonte de rendimento local. Densos sobreirais estendem-se por vales e encostas, sob os quais se desenvolve um matagal mediterrânico riquíssimo, onde aparecem medronheiros (arbutus unedo), aroeiras (pistacia lentiscus), pereiras bravas (pyrus bourgeana), roseiras bravas (rosa sp.), gilbardeiras (ruscus aculeatus), entre outros. De destacar o aparecimento do carvalho-português (quercus faginea) junto às linhas de água, o que revela a influência atlântica no clima. Aqui desenvolve-se uma densa vegetação ripícola, habitat de diversas espécies de aves e mamíferos. A lontra (lutra lutra) é o residente de honra.
No topo da serra encontramos as aldeias de Santa Margarida e São Francisco. Aqui a paisagem altera-se. Os densos sobreirais transformam-se em montados mais abertos, surgem pequenos olivais e, nos planos, surgem clareiras com rebanhos de ovelhas ou alguma cultura semeada. A primeira característica destas aldeias a que chamamos a atenção é a sua pequena dimensão. É que tradicionalmente o povoamento era disperso. Na serra os únicos terrenos que antigamente tinham ocupação agrícola eram as pequenas várzeas do fundo dos vales, onde hortas e pomares forneciam as necessidades da casa. A exploração da terra assenta na extracção da cortiça e pecuária.Fonte: Naturlink

Zonas balnearesNo Estuário do Sado, uma das zonas húmidas mais importantes de Portugal, pode-se observar uma grande diversidade de elementos naturais, que produzem uma paisagem única. É uma sucessão de mar e de rio, de bancos de areia e de vasa, de sapais e de lagoas de água doce, de matos e montados, de áreas agrícolas e pastagens, de arrozais e plantações florestais, de praias e dunas.
A lagoa de Melides tem cerca de 26 h e pequenas ilhas com vegetação hidrófila, sendo uma área de relativo valor ecológico por albergar uma grande diversidade de fauna e de flora, característica de uma zona húmida costeira, o que se reflecte essencialmente na avifauna, com mais de duas centenas de espécies identificadas, como o pato de bico amarelo, o galeirão de crista e a águia pesqueira.
A costa do Alentejo apresenta-se hoje no continente europeu como um dos melhores exemplos de um litoral pouco intervencionado, mantendo praticamente em toda a sua extensão características biofísicas naturais.Entre o oceano Atlântico e a planície alentejana, numa extensão de 45 km, desde o extremo da Península de Tróia até à praia de Melides, a costa do concelho de Grândola, é a maior extensão de praia do país, uma mancha contínua de areal.
A paisagem litoral é caracterizada por uma costa baixa de extensas praias arenosas, constituídas por vezes pelos sedimentos avermelhados das escarpas arenosas recentes.

História e Monumentos:
A ocupação humana data de épocas bastante recuadas. Cerca de 40 estações arqueológicas comprovam a ocupação de Grândola que englobam quase todos os períodos da História, desde o Neolítico ao período romano.
-No século XVI, a sua dependência em relação a Alcácer do Sal levou a que os moradores pedissem a D. João III carta de foral de vila. Este foi outorgado a 22 de Outubro de 1544, por D. João III.
-Em 1679 fundou-se em Grândola um celeiro comum para conceder empréstimos de trigo a lavradores pobres, passando a celeiro municipal aquando da implantação da República. Daí a denominação de celeiro de Portugal, para classificar o Alentejo terreno apto para a produção de cereais. Em conjunto surgio uma nova cultura, a do arroz que se desenvolveu sobretudo na zona do Carvalhal. Esta nova fase originopu, na região alentejana, uma fixação populacional de pessoas oriundas das várias partes do País. Até ao final da decada de 40 a população de Grândola aumentou, atingindo nessa altura o valor mais alto até hoje registado ( 21.375 habitantes, em 1950).-Em 1727, fundou-se o Hospício de Nossa Senhora dos Anjos, para os Agostinhos Descalços.
-Entre 1863 e 1900 incia-se a exploração mineira em Canal Caveira e Lousal, que mobilizou assim bastante mão-de-obra.
-Em 1890, foi-lhe concedida uma série de benefícios, tendo-se tornado comarca.
O Concelho O início do séc. XX ficou ainda marcado pelo desenvolvimento das vias de comunicação, destacando-se o aparecimento do comboio em 1916.
Embora que na história do Conselho conste que o combóio chegou a Grândola em 1926.
(NÃO CONFIRMO NEM DESMINTO TAL NOTICIA).
-Na década de 30, Grândola apresentou um novo impulso de crescimento demográfico e económico, correspondente à campanha do trigo integrada na política ruralista e agrícola do Estado Novo.
O séc. XIX, em Grândola, foi um século de progresso. Em 1890 beneficiou da elevação a comarca. Em finais do séc. XX, em virtude de uma nova reorganização administrativa territorial, passou a integrar a freguesia de Melides, que abrangia os territórios de Melides, Carvalhal e Tróia. Economicamente, prevaleceu a agricultura e, paralelamente, surgiram pequenas unidades transformadoras de cortiça.

-Entre 1864 e 1950, a evolução económica e demográfica concelhia pautou-se por um crescimento, ainda que diferenciado. Até ao início do séc. XX o crescimento foi residual, baseando-se essencialmente na proliferação de pequenas indústrias de transformação da cortiça, situadas na sua maioria na vila de Grândola.
Paralelamente, outras zonas do concelho registaram um desenvolvimento económico significativo; tal foi o caso do surgimento da exploração mineira em Canal Caveira (1863) e Lousal (1900).
-A partir de 1950 começou a notar-se a migração da população do concelho para outras localidades, mas, a partir dos anos 90, recorreu-se à implementação de políticas de desenvolvimento e crescimento, com a tónica no aproveitamento dos recursos turísticos.
-Ao nível do património arquitectónico destacam-se o dólmen da Pedra Branca, o monumento megalítico da Pata do Cavalo e as termas ou balneários romanos na vila de Grândola, assim como uma barragem, dos séculos VI-VII. Realça-se ainda o centro conserveiro de salga de peixe de Tróia, também dos inícios do século VII, e que constituem as ruínas do que foi um dos maiores conjuntos industriais do Mediterrâneo ocidental.
-O Santuário de Nossa Senhora da Penha de França, do século XVIII, é um santuário de devoção mariana e onde se realizam duas festividades religiosas de tradição muito antiga: a Procissão das Velas, à noite, e a Procissão das Rosas, durante o dia.
-Neste santuário encontram-se azulejos do século XVII e nele permanece a imagem venerada no santuário que, por altura das festas, é transferida durante oito dias para a igreja da vila de Grândola.
Tradições, Lendas e Curiosidades:
Existem muitas manifestações populares e culturais no concelho: a romaria de Nossa Senhora dos Prazeres, na segunda-feira de Pascoela, em que se realizam duas festividades religiosas de tradição muito antiga: a Procissão das Velas, à noite, e a Procissão das Rosas, durante o dia.
-A imagem venerada no santuário permanece, por altura das festas, durante oito dias na igreja da vila de Grândola.
-Em Outubro, organizam-se jogos tradicionais, o festival de folclore e uma mostra de gastronomia; em Junho, a Feira da Criança.

-A feira de Agosto tem lugar no último fim-de-semana de Agosto.
-As festas de Nossa Senhora do Rosário e da Fonte dos Olhos também se realizam em Agosto.
-No artesanato, destacam-se os trabalhos de cerâmica decorativa, os trabalhos em cortiça e madeira, as mantas de lã e de retalhos, os trabalhos em ferro forjado, os cachimbos decorativos e os trabalhos em couro e pele.
-Existem algumas lendas como a Lenda da Represa Romana e a Lenda do Outeiro de Ouro.
-No que se refere a esta última, diz-se que naquele local está enterrado um tacho cheio de ouro e que, embora tenha as asas de fora, quanto mais se cava para o procurar, mais ele se enterra.

A BARRAGEM DO PEGO DA MOURA:

A LENDA DA BARRAGEM DA MOURA OU PEGO DA MINA:Associada a esta barragem existe uma lenda que chegou até hoje pela tradição oral:

-Uma mulher que, numa noite de luar, conduzia uma vaca, ao passar junto da represa, viu sobre esta uma moura que se penteava com pente de ouro.
-Disse-lhe a moura:
- A tua vaca vai ter dois bezerros iguais; não uses o leite dela a não ser para os alimentares e, quando forem adultos, vem apresentar-mos.
-Nasceram efectivamente dois bezerros idênticos, brancos, e a mulher não deu outro destino ao leite da vaca que não fosse o recomendado.
-Porém, um dia, perante o rogo de uma vizinha que necessitava urgentemente de leite para acudir a um enfermo cedeu-lhe parte do que tinha na vasilha. Logo reconheceu o erro cometido e, irritada, derramou o resto do leite da vasilha sobre um dos bezerros, que, com grande espanto seu, viu, de imediato, coberto de malhas.
-Quando os animais ficaram adultos, a mulher conduziu-os de noite até ao local da represa. Aí lhe apareceu a moura, que ordenou que os levasse para dentro de água, ao que ofereceram alguma resistência.
-Apareceu então uma canga sobre os bois, que começaram a puxar algo que estava soterrado nas areias depositadas e que, ao emergir daquelas, se revelou surpreendente: uma enorme trave de ouro reluzente. Cedo se quebrou o encanto, o boi malhado cedeu e ajoelhou logo, afundando-se a trave e desaparecendo a moura.
-Ouviu-se então uma voz:- Carriba boi bragado, tiravas a trave de ouro se não te têm o leite roubado.
Economia no concelho predominam as actividades ligadas ao sector primário. Cerca de 54,7% da área do concelho é dedicada à exploração agrícola.
-Predominam os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes.A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, ovinos e suínos.Cerca de 9267 ha do seu território encontram-se cobertos de floresta.
-Na indústria, destacam-se a serralharia civil, construção civil, serração de madeira e a extracção de cortiça e de resina.