sexta-feira, 24 de julho de 2009

NÃO PODIA SER MAIS VERDADE !!!

Leiam este testo escrito por um Professor de filosofia que escreve semanalmente para o jornal O Torrejano " ´TORRES NOVAS".
-Bem haja a quem não tem medo de ver e muito menos de dizer a verdade.
-Tudo o que ele diz, é tristemente verdadeiro.
-O atestado médico por José Ricardo Costa
-Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e vai ter de fazer uma vigilância. Continue a imaginar.
-O despertador avariou durante a noite.
-Ou fica preso no elevador.
-Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente, pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa.
-Teve, portanto, de faltar à vigilância.
-Tem falta.
-Ora esta coisa de um professor ficar com faltas injustificadas é complicada, por isso convém justificá-la.
-A questão agora é: como justificá-la?
-Passemos então à parte divertida.
-A única justificação para o facto de ficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado médico.
-Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do atestado médico será o despertador ou o elevador.
-Mas não.
-Só uma doença poderá justificar sua ausência na sala do exame.
-Vai ao médico. E, a partir deste momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser hilariante.
-Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo.
-Enfim, com o sorriso de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre Melícias.
-A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana.
-Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras,( A minha terra) o holocausto nazi ou o sucesso da TVI.
-O professor sabe que não está doente.
-O médico sabe que ele não está doente.
-O presidente do executivo sabe que ele não está doente.
-O director regional sabe que ele não está doente.
-O Ministério da Educação sabe que ele não está doente.
-O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente.
-Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente.
-Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.
-Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica.
-Até pode ser racional, útil e eficaz em certas ocasiões.
-O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade.
-Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade.
-Já Aristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados.
-Mas isso é normal. Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o 'ET', que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões.
-O problema é que em Portugal a ficção se confunde com a realidade.
-Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso Henriques, que Deus me perdoe.
-A começar pela política.
-Os nossos políticos são descaradamente mentirosos.
-Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados.
-Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade.
-Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal. Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não fazer má figura.
-Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe que eu sei.
-Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim seja.
-Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho.
-Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado.
-Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade.
-Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses.
-Somos ignorantes e culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros.
-Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a Fortaleza. -
-Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas. Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o mundo.
-Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no elevador que precisa de um atestado médico.
-É Portugal que precisa, antes que comece a vomitar sobre si próprio. -----------------------------------------

domingo, 5 de julho de 2009

SERÁ QUE A VELHICE EXISTE ??







>Alguns de nós envelhecemos, de vez., porque não amadurecemos.
>Envelhecemos quando nos fechamos a novas ideias e nos tornamos radicais.
>Envelhecemos quando o novo nos assusta.
>Envelhecemos também quando pensamos demasiado em nós mesmos e nos esquecemos dos demais.
>Envelhecemos se deixamos de lutar.
>Todos nós estamos matriculados na escola da vida, onde o Mestre é o tempo.
>A vida só pode ser compreendida se olharmos para trás.
>Mas só pode ser vivida se olharmos para a frente.
>Na juventude aprendemos:
>Com a idade compreendemos…
>Os homens são como os vinhos:
>A idade estraga os ruins, mas aprimora os bons.
>Envelhecer não é preocupante.
>Ser visto como um velho sim que é.
>Envelhecer com sabedoria não é envelhecer.
>Nos olhos do jovem arde a chama., nos dos velhos brilha a luz.
>Sendo assim, não existe idade, somos nós que a criamos.
>Se não crês na idade, não envelhecerás até ao dia da tua morte.
>Pessoalmente, eu não tenho idade: Tenho vida!
>Não deixes que a tristeza do passado e o medo do futuro te estraguem a alegria do presente.
>A vida não é curta; São as pessoas que permanecem mortas tempo demasiado.
>Faça da passagem do tempo uma conquista, e não uma perda.
A:Desconhecido