sábado, 16 de março de 2013

MUDANÇA DE ANO


Vai-te embora Ano Velho
Deixa vir o Ano Novo
Leva o Gaspar e o Coelho
E aceita o meu conselho
Para bem do nosso Povo

Leva o Gaspar para o Canadá
Foi de lá que ele surgiu
Em pouco tempo que está cá
O Povo já quer que ele vá
Para o buraco donde saiu

Os políticos que cá temos
São papões e sem vergonha
Fomos nós que os elegemos
Mas agora todos queremos
Que nos deixe esta peçonha

Eles só sabem dizer mal
Do que não seja da ceita
Comem todos por igual
Comem no mesmo bornal
Só querem a papa feita

Só querem luxo e regalias
Para eles só do melhor
E abusam todos os dias
De quem lhes paga as folias
Que é quem vive bem pior

São escolhidos do bando
Dos governos do País
O Povo vai aturando
Vai sofrendo e reclamando
Vai calando e pouco diz

Todos querem ser senhores
Com o nariz empinado
Passam logo a doutores
Mas só à conta de favores
De algum reitor iluminado

Cada vez que há mudança
Lá nas ostes dos partidos
Todos querem a herança
Para poder encher a pança
Mas nós ficamos, esquecidos

Já estou farto desta gente
Destes tipos sem vergonha
Que nesta politica recente
É uma roubalheira indecente
Porque não têm vergonha

Fazem as leis que lhe convém
Para não serem apanhados
À nossa custa vivem bem
Mas tenho a certeza porem
Que são eles os culpados

Não é politico quem é sério
Pois não tem lá cabimento
Que para criar um império
Que não nasce por mistério
Só um vigarista avarento.

Mas ainda vai haver um dia
Em que o Povo vai acordar
E acabar com esta folia
Correr com essa burguesia
Que nos anda a explorar.

M. Franganito.
02/01/2013.













terça-feira, 12 de março de 2013

UM PASSEIO NA NATUREZA

Fui à serra passear

Para poder desfrutar
Do cheiro da natureza
Fiquei mais aliviado
Só por ter encontrado
No campo tanta beleza

Vi oliveiras vi sobreiros
Azinheiras e medronheiros
Vi estevas, silvas e alecrim
Vi tantas flores nascidas
Com as cores tão garridas
Com uma beleza sem fim

Fui visitar lá bem no alto
Lá onde acaba o asfalto
A Igrejinha bem pintada
E nossa Senhora da Penha
Abençoando quem cá venha
Está mesmo ao fim da estrada

Também lá estava a passarada
Que levantava em debandada
Estranhando a minha presença
Estorninhos, melros e picanços
Pousados nos pinheiros Manços
Mostrando bem a sua crença.

E lá do alto da serra
Vi também a nossa terra
Com casas de várias cores
Com seus telhados a brilhar
E com arvores a enfeitar
E seu jardim com flores

Depois fui à charneca
Fui correndo seca e meca
Fui andando no montado
Vi sobreiros com cortiça
Que até metiam cobiça
Sem nenhum ser plantado

Encontrei também pinhais
Vi montes com olivais
E vi malhadas de gado
Fui andando e com tristeza
Verifiquei e tive a certeza
De que nada é semeado

E quando vinha de regresso
Que já tinha bem expresso
Algum sinal de canseira
Mas com vontade de voltar
Para a natureza apreciar
Lá na serra, e na ribeira.

M. Franganito
Janeiro/2013