quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

POEMA DE JOSÉ AMBRÓSIO


ARCO IRIS

Arco celeste eu digo
Com fé, com esperança
Há um mundo que diz
Arco da Santa Aliança.
A velha o esconde de nós
Nunca está no lugar
Dizemos arco da velha.
Por estar sempre a mudar.
Faça sol ou faça chuva
De noite não nos vem visitar
Aparece e desaparece
Nunca está no mesmo lugar.
Raramente escolhe a manhã
Dizem qué p’ra senfeitar
Só aparece de tarde
Para suas cores mostrar.
Todos o saudamos
No momento de se elevar
Suas cores são fortes
Que nos convida a olhar.
A inocência de criança
Muito me fez andar
Corri covas, corri montes
Para sua base encontrar.
O sol atravessa a chuva
Que está suspensa no ar
Aqui está o mistério
Que eu queria decifrar.

JOSÉ AMBRÓSIO
DEZ. 2008
CARVALHAL


O MÊDO

O mundo vive com medo
Não vamos levar a mal
Não há risos e folguedos
Mas lutas pelo nuclear

Enquanto o jumento é ledo
Seu caminho for andar
Ao homem que é penedo
Teme, o povo, seu negociar

A água pesada vai estar
Da cratera, brota a lava
O petróleo está a acabar!

Secam-se paisagens e olhos,
A terra fica em deserto
Ninguém a vai habitar.

José Ambrósio
Carvalhal: 2008-12-09

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