terça-feira, 3 de abril de 2012

DESACORDO ORTOGRÁFICO

Já não é só o Centro Cultural de Belém  instituição de direito privado, sem tutela pública.
 Ou Serralves. Ou a Casa da Música. Já não são só a generalidade dos jornais que o ignoram ,
O Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Público, i, Diário Económicoe Jornal de Negócios,
além da revista Sábado.
Já não só os angolanos que se demarcam, ou os moçambicanos. Ou até os macaenses.
Sem excluir os próprios brasileiros.
Por cá também já se perdeu de vez o respeitinho pelo Acordo Ortográfico.
Todos os dias surge a confirmação de que não existe o consenso social mínimo em torno deste assunto.
São os principais colunistas e opinadores da imprensa portuguesa.
Pessoas como Anselmo Borges, António-Pedro Vasconcelos,
Baptista-Bastos, Frei Bento Domingues, Eduardo Dâmaso, Helena Garrido,
Inês Pedrosa, Jaime Nogueira Pinto, João Miguel Tavares, João Paulo
Guerra, João Pereira Coutinho, Joel Neto, José Cutileiro, José Pacheco
Pereira, Luís Filipe Borges, Manuel António Pina, Manuel S. Fonseca,
Maria Filomena Mónica, Miguel Esteves Cardoso, Miguel Sousa Tavres,
Nuno Rogeiro, Pedro Lomba, Pedro Mexia, Pedro Santos Guerreiro,
Ricardo Araújo Pereira, Vasco Pulido Valente e Vicente Jorge Silva.
É o ex-líder socialista, Francisco Assis, que se pronuncia sem complexos contra
este «notório empobrecimento da língua portuguesa».
É o encenador Ricardo Pais, sem papas na língua.
É José Gil, um dos mais prestigiados pensadores portugueses, a classificá-lo, com toda
a propriedade, de «néscio e grosseiro».
É a Faculdade de Letras de Lisboa que recusa igualmente impor o acordo.
Que só gera desacordo.
Um acordo que pretende fixar norma contra a etimologia, ao contrário do que sucede
com a esmagadora maioria das línguas cultas.
Um acordo que pretende unificar a ortografia, tornando-a afinal ainda mais díspar e confusa.
Um acordo que pretende congregar mas que só divide.
Um acordo que está condenado a tornar-se letra morta  no todo ou em parte.
 Depende apenas de cada um de nós.

É preciso evitarmos ser destruídos por intelectualóides ignorantes e arrogantes
que procuram a celebridade com palhaçadas à custa daquilo que Portugal tem de melhor.
E os políticos com medo de os chamarem ignorantes (que o são) alinham com qualquer fantasia que seja apresentada com ares de inteligência. (DESDE QUE ARRECADEM ALGUM!!!)
 COITADOS!!!
Vejam só!!!
Quase tinham conseguido vender a nossa lingua Portuguesa

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